02/02/2009

Vo2 max e outras coisitas...


Aqueles que acompanham meu blog, sabem que em setembro do ano passado tive um pequeno susto quando estava correndo, meu coração disparou e demorou pra voltar ao normal. Graças a Deus nunca mais aconteceu, mas como com saúde não se brinca, no início do ano passei por um cardiologista e ele me pediu uma série de exames para que, se houvesse alguma anomalia, ela fosse detectada.

O ecocardiografia com doppler é um ultrasson do coração Ele fornece informações precisas sobre o estado do coração, analisa todas as estruturas anatômicas, como por exemplo a espessura das paredes do coração e as válvulas cardíacas.


Outro exame solicitado foi o holter, você fica cheio de eletrodos durante 24h e anota numa planilha todas as atividades que executa. Depois, os dados são analisados e o médico consegue saber se houve algum tipo de distúrbio nesse período. É como se você fizesse um eletrocardiograma durante um dia inteiro, enquanto dorme, almoça, corre, etc... ( é proibido tomar banho, mas não contem p/ ninguém, rs).


Fiz também um exame de sangue completo, para avaliar os níveis de colesterol, triglicérides, glicose, ureia, sódio, potássio, hormônios da tireóide e um monte de nomes esquisitos que nem eu sei o que são. O importante é estar tudo ok, dentro dos parâmetros recomendados.


E o mais temido, esperado, aguardado e incômodo, ergoespirométrico. Que coisa horrível é correr, dar o seu máximo, a esteira inclinando, inclinando e você com aquele bocal na boca, prendedor no nariz, sem conseguir respirar direito, a moça tirando a pressão a cada dois minutos, você quase caindo, rs... Confesso que sai do teste com a sensação que poderia dar um pouco mais de mim. A última vez que a moça perguntou se eu estava bem, fiz o gesto de mais ou mesmo... (com aquele negócio na boca você não consegue falar, não consegue nem engolir a saliva direito quem dirá falar algo. Aí eles te orientam a se comunicar por aquele famoso sinal que os imperadores romanos faziam após assistir uma batalha entre os gladiadores: se era p/ deixar vivo (se você ainda tá inteiro) – positivo (dedão p/ cima); se é p/ matar (se você já morreu de tanto correr) – negativo (dedão p/ baixo); e tem também o mais-ou-menos – dedo na posição nem sim, nem não, rs)...


... bem então só sei que não se passaram nem um minuto, a esteira subiu mais um grau, tentei puxar mais ar, o oxigênio estava rarefeito e então... negativo, morri. Parem o mundo, ou melhor, a esteira, que eu quero desceerrrrrrr....


Mas, pra minha surpresa, quando peguei o resultado do exame, vi que não tinha ido tão mal assim. Resumindo: meu VO2 max atingiu o pico de 44,6 ml/kg/min, que é uma medida objetiva da capacidade do organismo em ofertar e utilizar o oxigênio para a produção de energia, usado como um índice de aptidão física, é de grande valia na avaliação funcional de atletas. Nada mal. É considerado acima da média para a minha idade. Agora só falta treinar muito pra poder usar essa capacidade toda nas corridas e diminuir meus tempos, rs. O cardiologista disse que posso chegar nos 50 (VO2)... oh sujeito otimista, hein.


Outro dado muito interessante, são os limiares que indica quando o seu organismo está no limite do trabalho aeróbio, que utiliza oxigênio como combustível, e quando você entra em trabalho anaeróbio e começa a produzir ácido lático, aquele responsável pelas dores musculares após um esforço extremo. Bem, descobri que para eu melhorar meu condicionamento, devo realizar treinamentos entre 168 bmp e 176 bmp, que é quando entro em trabalho anaeróbio, com exceção dos treinos específicos, como fartlek, tiros e intervalados, que minha frequência deverá se elevar para além dos 176 bpm. Interessante isso não? Não é a toa que não conseguia treinar com a FC baixa. Com a melhora do condicionamento, a tendência é a FC baixar.


O importante disso tudo é que todos os meus exames revelaram que estou ótima, e pronta p/ percorrer muitos km´s.


5 comentários:

  1. concordo sempre em fazermos exames. muitas vezes não damos conta de certos problemas e acontece os acidentes cardiovasculares. parabéns

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  2. Então vamos a isto.
    A mim nem o meu pace-maker me impede de correr.
    Tá na hora de reforçar a carga, mas com cuidado.
    Um abraço.

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  3. Amiga Ana fico feliz por está tudo certinho com vc, eu me lembro muito bem o que aconteceu cm vc ano passado, tomei até um susto logo de cara quando vi aquele coração todo remendado que vc postou aqui...parabéns pela consciência de fazer os exames amiga, se todo atleta fosse assim seria maravilhoso.
    É isso ae bons treinos.
    Bjsss

    JORGE CERQUEIRA
    www.jmaratona.blogspot.com

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  4. Ah, agora, sim! Está inteira e pronta para enfrentar as subidas, as escaladas! Rsrs. Parabéns pelo resultado do exame! Fico feliz em saber que está tudo ótimo!
    Obrigada pela visita ao meu blog e pelas palavras! Bjs.

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  5. Oi Ana..

    Me identifiquei muito contigo pelas coisas que estava contando a respeito de ter passado mal. Dia 25/01 participei de uma corrida de 16 Km numa cidade na Serra da Mantiqueira. Consegui terminar a corrida até achei que fui bem. Mas, assim que cheguei npara tomar banho passei muito mal, coração foi a 185 respiração ofegante, ânsia de vômito e tremores.
    Depois que passou tudo tive a nítida impressão que tive um começo de ataque cardíaco, e ao final da prova fiquei sabendo de várias pessoas que foram levadas pela ambulância em estado crítico. Sem contar que ano passado esta mesma prova teve uma morte ao termino dela.
    Aí, cheguei a seguinte conclusão de que a gente tem que ficar mais esperto quanto ao esporte, não é? vamos devagar, porque o esporte é vida e não morte.
    Então querida, se cuide também ok.
    Um abraço

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